Sexta-feira, 18 de Dezembro de 2009

 

Quando olhamos para trás, para a nossa infância, os tempos de escola e as escolas que frequentámos, a nossa família mais próxima, os amigos que fizemos e os que continuam a fazer parte do nosso grupo social, revemos o que já fizemos.
O que já fomos e o que somos hoje são termos de comparação que ora nos constrangem, porque não conseguimos realizar nada que se veja sob um olhar mais atento, ora nos dão um certo orgulho pelo que conseguimos desenvolver.
Podemos observar também o que somos sob essa percepção do que conseguimos realizar e, em virtude disso, o que somos – arrogantes ou humildes, descontentes ou em paz com a vida e connosco…
A introspecção pode facilitar a compreensão de nós próprios e ultrapassar a tendência que temos, geralmente, para julgar mais os outros que a nós.
A extrospecção facilita a compreensão do que fazemos e do que poderíamos fazer por nós e pelos outros que nos rodeiam
Ambas as análises têm o seu valor que, como tudo, pode ser amesquinhado ou ampliado.
Temos tendência a ter em conta mais o momento presente que os alicerces do futuro. Porém, é nesses alicerces que deveríamos esforçar os nossos empreendimentos, desde que estejam relacionados com a realidade.
Não haja fantasias tais que sejam mais os impossíveis que os possíveis ou que conduzam mais directamente à depressão e ao desespero, do que ao esforço bem conseguido e construtivo.
Os sonhos têm asas douradas para a nossa resistência interior, mas temos que ter também a noção que, no presente, ainda são sonhos e, então, lutar para que eles se realizem, sempre que forem úteis a nós e à posteridade.
São os projectos virtuosos os que dão vigor às forças mentais e físicas.


publicado por eva às 23:54 | link do post

De manu a 19 de Dezembro de 2009 às 01:10
Olá Eva! Não é raro ouvir alguém falar em sonhos adiados e depois de bem reflectir todos chegam à triste conclusão que apenas por falta de projecto esses sonhos nunca se realizaram. Uns culpam a velocidade de processos exigida pela vida moderna, outros nem culpas conseguem atribuir. Depois ainda nos admiramos pelo aumento de clientes nas clínicas de psicanálise. Bela dissertação.


De eva a 20 de Dezembro de 2009 às 15:15
Manu, coloco ss sonhos não realizados em dois planos distintos: um, os que não se realizam pelas mais variadas razões; outro, os que não se realizam porque são os nossos sonhos inatingíveis, aqueles que colocamos tão alto que sabemos que não os atingiremos mas que são os que correspondem ao nosso ideal de vida e têm de ali estar para podermos chegar tão alto e tão longe quanto possível.
Obrigada pelo comentário.


Comentar:
De
( )Anónimo- este blog não permite a publicação de comentários anónimos.
(moderado)
Ainda não tem um Blog no SAPO? Crie já um. É grátis.

Comentário

Máximo de 4300 caracteres



Copiar caracteres

 



mais sobre mim
Fevereiro 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9
10
11
12

13
14
15
16
17
18
19

20
21
22
23
24
25
26

27
28


posts recentes

Meu Amor Meu

Pecado

Fogo que arde

Coração embalsamado

Lógica humana

Deixamos fugir os dias

Parcela de um Todo

Ando por aí

Tudo pode ser útil

Quero...

arquivos

Fevereiro 2011

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

tags

poesia

todas as tags

blogs SAPO
subscrever feeds